13 de outubro de 2008

Desmatamento na Amazônia cai 27% nos meses mais críticos do ano...

Números do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que a média de desmatamento nos três meses mais secos do ano (junho, julho e agosto) vem caindo desde 2004, chegando ao menor valor agora em 2008 - 649 km2.

Nesses meses tradicionalmente ocorrem o maior volume de corte da floresta. A área desmatada no período chegou a ser de 5.858 km2 em 2004, início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E está sendo reduzida desde então: foi de 1.568 km2 em 2005; 1.187 km2 em 2006; 884 km2 em 2007 e 649 km2 em 2008.

"Este ano registramos a menor média em cinco anos para os meses mais críticos e uma redução de 27% sobre o ano anterior", destaca o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Ele acrescenta que os números mostram que seu governo está conseguindo manter a tendência de queda registrada na gestão da ministra Marina Silva. "Mas os números não são bons. Temos que reduzir ainda mais o desmatamento na Amazônia", diz Minc.

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9 de outubro de 2008

Sintetizando...

"No final, nossa sociedade será definida, não pelo que criamos, mas pelo que nos recusamos a destruir."

John C. Sawhill

Eco Power Conference 2008...

O Fórum Internacional de Energia Renovável e Sustentabilidade – Eco Power Conference 2008 - já conta com as inscrições abertas para sua 2ª edição que acontece entre os dias 19 e 21 de novembro, em Florianópolis/SC.

Entre outros pontos, o evento pretende oportunizar a atualização de conhecimentos bem como a troca de experiências multidisciplinares na área de energias renováveis e meio ambiente. Serão diversos painéis que abordarão temas como “Energias renováveis do mar”, “Energia Nuclear”, “Transversalidade do uso e desenvolvimento da Amazônia”, “Construções sustentáveis”, “Energia Eólica”, “Mudanças Climáticas”, “Oportunidades emergentes de integração sustentável da matriz energética da América Latina”, entre outros. Direcionada a empresários, políticos, investidores, entidades financeiras e ambientalistas, a Eco Power Conference 2008 - considerado um dos maiores centros de debates sobre o assunto - reunirá novamente grandes nomes nacionais e internacionais.

Para realizar inscrições ou obter mais informações, a organização do evento disponibilizou este site.

8 de outubro de 2008

Game...

Conheça o Formigator, um formigueiro virtual com navegação espacial que o usuário encontra dicas para reinventar caminhos e contribuir com a melhora do planeta. Dentro do formigator você encontrará o Formigame, a idéia é melhorar o formigueiro para gerações futuras.

Outro game é Carona. Onde você tem que colocar quatro formigas dentro do mesmo carro antes de abrir o sinal, para fazer isso basta clicar em dois carros próximos. Depois de um certo tempo ele informa quantos quilômetros você economizou colocando as formigas todas dentro do mesmo carro.

O game faz parte da nova campanha da Chevrolet visando ações ecologicamente corretas e de sustentabilidade.

Com informações do Jacaré Banguela e Uhull!

TV do Meio Ambiente...

Boa notícia aos amantes da natureza e educadores ambientais. Está chegando a TV do Meio Ambiente, canal de TV na internet destinado ao entretenimento e à difusão de informação e conhecimento. O novo site é interativo e utiliza linguagens de texto escrito, fotografia e vídeo.

Conheça a TV do Meio Ambiente: clique na imagem acima ou aqui.

Logo na página inicial, navegando pelas diferentes coleções temáticas, o internauta assiste aos vídeos que escolher. No site já estão sendo disponibilizados documentários, reportagens e filmes de animação que retratam o meio ambiente natural, rural, urbano e cultural brasileiros.

Para estimular a produção de vídeos pelo público e promover a discussão de temas ambientais foi criado o Espaço do Internauta. O visitante pode escrever comentários e publicar seus próprios vídeos, participando da Mostra do Internauta de Vídeo Ambiental, que premiará os vídeos mais votados pelos visitantes do site.

O espaço Notícias Ambientais trará, diariamente, as principais matérias jornalísticas sobre meio ambiente. Já a Exposição de Fotos apresenta o trabalho dos melhores fotógrafos brasileiros de natureza e temas relacionados ao meio ambiente. A exposição atual exibe 30 fotografias de Adriano Gambarini que retratam a biodiversidade e a cultura regional.

Mas não é só isso: reportagens exclusivas e inéditas, produzidas mensalmente pela equipe da TV do Meio Ambiente, estarão disponíveis aos espectadores do canal. A primeira Reportagem do Mês já está no ar: Montanhas do Rio mostra como essas formações naturais são aproveitadas em diferentes áreas, seja para a prática de escaladas radicais; como inspiração para o livro do fotógrafo Marco Terranova, que mostra a beleza do Rio sob ângulos inusitados; ou para pesquisa científica. A reportagem aborda também o projeto do Jardim Botânico que estuda orquídeas em extinção, encontradas somente nas encostas rochosas das montanhas da cidade. Outras matérias já estão em fase de produção, veja os detalhes na entrevista abaixo com o coordenador do projeto.

O novo canal de comunicação tem como missão a difusão da cultura ambiental. É direcionado a estudantes, professores, pesquisadores e a todos aqueles que buscam entretenimento e informação de qualidade. Venha participar na formação desse grande acervo que vai preservar a identidade ambiental e cultural do povo brasileiro. Divulgue seu vídeo.

A TV do Meio Ambiente é um projeto cultural, inscrito no Ministério da Cultura sob o Pronac nº 07-3605 e está apta a receber patrocínio para o projeto integral, reportagens especiais ou festival on-line de vídeos ambientais e também tem espaço promocional para inserção de banners.

Leia aqui uma entrevista com Ricardo Hanszmann, coordenador do projeto.

Fonte: Portal do Meio Ambiente.

Energia geotérmica é nova aposta para renováveis...

Aproveitar o calor do fundo da Terra para gerar energia é uma das mais novas apostas dos especialistas para produção de energia renovável no futuro. Técnicas avançadas permitem extrair o calor de rochas subterrâneas mesmo em locais onde não há atividade vulcânica. Pesquisas já estão sendo realizadas na Europa e, nos Estados Unidos, o número de projetos em desenvolvimento nessa área aumentou em 20% desde janeiro deste ano.

Em países onde há erupções vulcânicas, o uso dos gêiseres para movimentar geradores já é prática comum. Agora, cientistas desenvolvem mecanismos para trazer calor à superfície em qualquer lugar do planeta, imitando de forma artificial e controlada o funcionamento dos vulcões. Esse método é conhecido como Sistema de Engenharia Geotermal (EGS, sigla em inglês).

A idéia consiste em abrir buracos paralelos no solo, com alguns metros de distância entre eles, e continuar cavando até que se encontre rocha quente o suficiente (algo em torno de 200ºC). Em seguida, bombeia-se água fria em uma das aberturas para que saia pelo outro lado a uma temperatura elevada. A água superaquecida transforma-se em vapor, que pode ser utilizado para mover geradores e produzir energia elétrica.

A região de Soultz-sous-Forêt, a 50 quilômetros de Estrasburgo, na fronteira entre a França e a Alemanha, conta, desde junho, com uma central experimental para produzir 1,5 megawatt de energia. Os pesquisadores dos dois países têm utilizado o método para realizar experimentos na região da Alsácia. Eles fazem perfurações que chegam a 5 mil metros de profundidade e produzem gêiseres artificiais com capacidade de jorrar 100 litros por segundo. Ao chegar à superfície com uma temperatura de 163°C, a água injetada é suficiente para alimentar duas turbinas, cada uma com 25 megawatts.

Falta percepção

O pesquisador do Instituto Tecnológico de Massachusetts, Jefferson Tester, acredita que essa fonte de energia tem sido negligenciada porque é invisível. “Todos são capazes de sentir o vento ou o sol, mas poucos notam que o interior da Terra é quente, por isso ninguém pensa em escavar para buscar esse calor”.

Ele acredita que um investimento de cerca de 1 bilhão de dólares em projetos de demonstração nos próximos 15 anos poderiam mudar essa situação. “Isso forneceria informação suficiente para permitir que EGSs de 100 gigawatts fossem criados na América até 2050, a um preço comercialmente aceitável”, defende.

Os estudos realizados na Europa já indicam que as perspectivas são estimulantes. A tecnologia empregada permite escavar em profundidades cada vez maiores e com turbinas mais eficientes. Cálculos mostram que a 40 quilômetros de profundidade será possível aquecer água a 1.000°C.

Apesar disso, extrair energia do subterrâneo nem sempre foi tão fácil. Até a invenção do EGS, o campo era conhecido como “energia geotérmica de rocha seca quente”. Para extrair o calor de rochas impermeáveis como o granito, cuja a secura aumenta a capacidade de aquecimento, é preciso torná-las permeáveis – por isso a palavra “engenharia” foi incluída no novo nome do processo. Parte do bilhão de dólares proposto por Tester seria utilizado para descobrir como escavar esse tipo de rocha de maneira mais barata e eficiente.

Além do custo de exploração, outro problema para tornar a energia geotérmica viável é o possível risco de terremotos. Os micro-sismos revelaram-se os maiores empecilhos técnicos nas experiências realizadas na Alsácia. As pesquisas ainda precisam ser desenvolvidas a ponto de evitar que injeções de água em baixa temperatura não causem rachaduras na camada de rochas aquecidas.

* Com informações de The Economist.

Fonte: Carbono Brasil.

Energia literalmente limpa...

A empresa ScotishPower Renewables anunciou que a partir de 2011, deverá produzir energia elétrica gerada por correntes marítimas.

Após 4 anos de testes, a Tidal Turbine - algo como turbina da maré - funciona do mesmo modo que as turbinas de energia eólica, só que embaixo d’água e com pás um pouco menores. Colocadas no fundo do mar, as pás giram com o movimento das correntes e geram energia, além de não emitirem gases, ainda têm a vantagem de que correntes marítimas são previsíveis.

As primeiras turbinas serão instaladas na costa escocesa e irlandesa e irão gerar energia capaz de abastecer em torno de 40.000 casas.

Mais aqui.

Fonte: Update or Die.

7 de outubro de 2008

Quercus - Animais...

Criada pela McCann e com pós-produção da Seagulls Fly, a nova campanha da associação nacional de conservação da natureza Quercus mostra, de uma forma crítica, que continuamos acabando com o nosso planeta e os moradores dele à cada dia que passa. Confira abaixo o vídeo e a genialidade desta campanha.

Créditos para o Com Limão.

Site da NASA mostra mudanças climáticas...

O Jet Propulsion Laboratory da NASA disponibiliza, em seu site sobre as Mudanças Climáticas, uma série de interessantes animações sobre o degelo da calota polar, as emissões de CO2, o nível dos mares e as temperaturas médias anuais.

Por sua capacidade interativa e visual, estas animações constituem um eficaz recurso didático para analisar as evidências e efeitos das mudanças climáticas. Derretimento do gelo, nível dos mares, emissão de CO2 e mudanças climáticas são as variáveis analisadas e apontadas desde o início da Revolução Industrial até os dias atuais.

Para visualizar, clique na imagem acima ou aqui.

Vi no Sedentário & Hiperativo.

Líderes indígenas prevêem "um desastre" criado pelo comércio de carbono...

Cocar (aldeia Gavião em RO). Foto: Jeison T. Alflen.
Enquanto as nações ricas se preparam para aumentar a escala dos recursos destinados a esforços conservacionistas em países ricos em florestas mas com baixa renda, um grupo de líderes de florestas tropicais e de especialistas conservacionistas alerta para o fato de que os mais de um bilhão de habitantes carentes do planeta que dependem da floresta enfrentarão uma devastação econômica e cultural se os esforços para reduzir a emissão de gases de efeito estufa não conseguirem atender suas preocupações.

Reunidos pela Aliança Amazônica e o Programa Povos da Floresta, as lideranças florestais de cinco países amazônicos, bem como da República Democrática do Congo e da Indonésia, reuniram-se aqui durante o Congresso Mundial da Natureza, organizado pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), para reivindicar um papel mais relevante na decisão dos termos do mecanismo de financiamento das mudanças climáticas que está sendo desenhado pelos países doadores. Os líderes disseram que este mecanismo – conhecido como Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) – pode minar os direitos à terra que estão sendo reivindicados pelas comunidades de floresta em todo o mundo em desenvolvimento.

"Já estamos enfrentando uma pressão crescente por parte das mudanças climáticas, dos conservacionistas que nos querem impedir de utilizar nossas terras na floresta para fins econômicos e das empresas que detêm concessões governamentais para extrair minério, água e biocombustíveis das terras que são nossas há gerações", disse Tony James, da Guiana, Presidente da Associação dos Povos Ameríndios. "Cada vez mais se ouve falar a respeito do comércio de carbono, mas os povos indígenas não estão sendo incluídos nas discussões. Queremos saber: quem será o dono do carbono? Que impacto isto terá sobre nós?"

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Mercado de Carbono: críticas...

Vocês, leitores, sabem como o Progresso Verde é democrático. Faço questão de expor todos os pontos de vista acerca de um assunto. Ultimamente tem-se criticado muito o mercado de carbono, principalmente no que diz respeito aos reais benefícios diretos ao meio ambiente. Vejo isso com muito otimismo, principalmente porque o motivo (e, quem sabe, benefício direto da discussão) é a redução de desmatamento ou desmatamento evitado que não possui amparo na metodologia atual, dependendo, unicamente, do mercado voluntário.

Mesmo a criação de um fundo de compensação para redução do desmatamento é visto com pouco “otimismo” pelos países desenvolvidos, como se pode ler nessa reportagem. A definição da metodologia e mesmo a incorporação dos próprios projetos florestais no mercado de carbono foi difícil e, agora, iniciando as discussões para um tratado pós-Quioto, o tema deve ser levado à ampla discussão. Veja aqui, para se ter uma idéia, como o tempo para os projetos florestais no MDL está acabando.

Como defensor do tema de incorporação do desmatamento evitado no próximo tratado, e entendendo que esta é a única forma de colocar os países mais pobres e que mais sofrem com a pressão no planeta no rol dos beneficiários do mercado, coloco o ótimo texto de Sabrina Domingos sobre o assunto para reflexão.

Pesquisadores criticam o mercado de carbono

A falta de uma preocupação real com o meio ambiente é o principal argumento do físico Luiz Carlos Molion para criticar o mercado de carbono da forma como é conduzido atualmente. Oposicionista das teorias que defendem o aquecimento global causado pelo homem, Molion diz que o interesse das empresas e governos está em como entrar nesse mercado para ganhar dinheiro e não com a preservação do meio ambiente.

A opinião é compartilhada pelo pesquisador da fundação sueca Dag Hammarskjold e autor do livro Carbon Trading, Larry Lohmann, para quem o Protocolo de Quioto e o comércio de carbono nele previsto não trazem grandes alterações para o cenário mundial de emissões de gases do efeito estufa. “Trata-se um mecanismo de mercado, pouco prático e nada efetivo, que promove o comércio do direito de poluir. Acabou funcionando de maneira perversa ao drenar as atenções de soluções mais radicais e efetivas que agora se mostram urgentes”, defende.

Molion destaca que o lobby de grandes empresas geradoras de energia é prejudicial nesse contexto. Na Europa, os governos avaliam dados das emissões de carbono coletados entre 2002 e 2004; verificam o quanto as empresas locais poluíram nesse período e definem, por meio de cotas, o quanto elas poderão poluir daquele ponto em diante. O problema, ressalta o físico, é que muitas dessas empresas já melhoraram seus equipamentos ao longo desse tempo e estão poluindo menos do que o permitido – com isso, ganharão dinheiro vendendo suas cotas para as empresas altamente poluidoras que ultrapassam o limite estabelecido. “Por isso eu digo que não existe preocupação com o meio ambiente e com o futuro da humanidade. Isso se transformou atualmente em um comércio, uma nova bolsa, tanto que hoje existem firmas prontas para investir 1 trilhão de dólares em créditos de carbono com a intenção de vendê-los posteriormente”.

O que ocorre na Europa é exatamente o contrário do princípio “poluidor - pagador”, é o princípio “quem polui, ganha”, afirma Lohmann em entrevista concedida ao jornalista Rafael Evangelista para o site Com Ciência. O pesquisador argumenta que os grandes poluidores se beneficiam também comprando direitos de poluir mais, a partir de projetos em que investem no exterior e que, supostamente, economizariam carbono. É o caso de empresas que compram créditos gerados por projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), como os que geram eletricidade a partir da queima de gases de um aterro sanitário. “Esses projetos oferecem, de bandeja, um turbilhão de direitos futuros de poluir para o conjunto já enorme de direitos à disposição das corporações do Norte”.

Em países como o Brasil, o desmatamento evitado das florestas tropicais tem sido apontado como uma alternativa na luta contra as mudanças climáticas. Molion afirma que a Floresta Amazônica é um seqüestrador ativo de carbono, absorvendo 2 toneladas de CO2 por hectare por ano. “Mas quando você olha o Protocolo de Quioto, as florestas nativas não são levadas em consideração, apenas as plantadas - exatamente para não permitir que países como o Brasil possam se utilizar disso”. Ele lembra que a maior parte das madeireiras que atuam na Amazônia são de fora do país e ressalta que esses empresários adotam um discurso contraditório. “Que hipocrisia é essa de dizer: você desmata, mas a madeira nós queremos aqui? É preciso acabar com essa hipocrisia”.

Saída

Lohmann considera que a única maneira de reverter a situação é promover uma regulação dura, que taxe e controle a indústria poluente, ao lado de reformas estruturais e investimentos fortes na redução do consumo de energia. “Os governos dos países industrializados precisarão transferir subsídios dos combustíveis fósseis para energia renovável; precisarão empreender investimentos públicos grandiosos em eficiência energética e transportes para fornecer a seus cidadãos mais opções sobre como utilizar energia; precisarão aplicar a regulação convencional e taxações de maneira mais radical”.

O tempo para se lidar com os problemas ambientais é uma questão que preocupa Molion. “Em 2045 teremos 9 bilhões de pessoas no planeta, que é finito e conta com recursos naturais finitos. A humanidade precisa viver mais alguns milhares de anos para que a tecnologia possa se desenvolver e nós possamos arranjar outras formas de gerar energia como, por exemplo, a fusão nuclear, ou desenvolver novos tipos de alimentos, ou até mesmo começar a explorar outros planetas”, avalia. “Tudo o que se puder fazer para economizar e utilizar melhor os recursos naturais existentes será muito bem-vindo. É importante olhar para o futuro e dar um tempo para a humanidade conseguir se desenvolver tecnologicamente. Mas nós realmente precisamos de tempo para isso”, conclui.

Fonte: Envolverde.

6 de outubro de 2008

Sintetizando...

"O pessimista se queixa do vento,
o otimista espera que ele mude
e o realista ajusta as velas"

W.G.Ward

Eco Cartoon...

A exposição "Eco Cartoon", que aconteceu até o dia 29 do último mês em um shopping de Brasília, mostra charges e cartoons de desenhistas de vários países alertando para os perigos do aquecimento global.

No primeiro Salão Internacional de Humor, onde está a exposição, estão à mostra 100 trabalhos de várias partes do Brasil e de outros países. Eles são julgados pelo público e por um júri especializado e recebem prêmios. O primeiro lugar mostra como o homem mata a natureza e a si mesmo e o segundo, o ser humano inconsciente, que corta as árvores.

Clicando aqui você assiste a reportagem do DFTV e abaixo coloquei algumas obras que tirei do vídeo. Curti muito a do ringue de boxe... e vocês, gostaram de qual?“

Genial!

Planeta Terra no vermelho...

Dia 23 de setembro foi o Earth Overshoot Day, que em 1955 se desencadeou quase dois meses mais tarde. As projeções das Nações Unidas: sem adoção de medidas, em 2050 encerraremos no dia primeiro de julho.

É o dia em que a renda anual à nossa disposição acaba e os seres humanos vivos continuam a sobreviver pedindo um empréstimo ao futuro, ou seja, retirando riqueza aos filhos e aos netos. A data foi calculada pelo Global Footprint Network, a associação que mensura a pegada ecológica, ou seja, o sinal que cada um de nós deixa sobre o planeta retirando aquilo de que necessita para viver e eliminando o que não lhe serve mais, os rejeitos.

O dia 23 de setembro não é uma data fixa. Por milênios o impacto da humanidade, em nível global, foi transcurável: era um número irrelevante no que se refere à ação produzida pelos eventos naturais que modelaram o planeta. Com o crescimento da população (o século vinte começou com 1,6 bilhões de seres humanos e concluiu com 6 bilhões de seres humanos) e com o crescimento do consumo (o energético aumentou 16 vezes durante o século passado) o quadro mudou em períodos que, do ponto de vista da história geológica, representam uma fração de segundo.

Em 1961 metade da Terra era suficiente para satisfazer as nossas necessidades. O primeiro ano em que a humanidade utilizou mais recursos do que os oferecidos pela biocapacidade do planeta foi 1986, mas, daquela vez o cartãozinho vermelho se ergueu no dia 31 de dezembro: o dano ainda era moderado. Em 1995 a fase do superconsumo já devorara mais de um mês de calendário: a partir de 21 de novembro a quantidade de madeira, fibras, animais e verduras devoradas ia além da capacidade dos ecossistemas de se regenerarem; a retirada começava a devorar o capital à disposição, num círculo vicioso que reduz os úteis à disposição e constringe a antecipar sempre mais o momento do débito.

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5 de outubro de 2008

Plano Nacional de Mudanças do Clima incorpora metas de redução do desmatamento...

O Plano Nacional de Mudanças do Clima, apresentado no dia 25 de setembro, em Brasília, faz com que o Brasil se comprometa pela primeira vez a possuir médias decrescentes de desmatamento em todos os biomas, mensuráveis a cada quatro anos, até atingir o chamado desmatamento ilegal zero.

"É um plano ousado, com metas voluntárias e setoriais que, juntas, representam a redução de centenas de milhões de toneladas de gás carbônico por ano, seja pela redução do desperdício, seja pelo aumento da eficiência energética, ou ainda pela redução progressiva do desmatamento ou aumento progressivo do plantio de florestas nativas e comerciais", destacou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

O documento reúne as ações que o país pretende colocar em prática para combate às mudanças globais do clima e criar condições internas para o enfrentamento de suas conseqüências. É fruto do trabalho do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CI, de caráter permanente, formado por 16 ministérios e pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, liderados pela Casa Civil). O plano também recebeu contribuição da Conferência Nacional do Meio Ambiente, que este ano debateu o tema Mudanças Climáticas.

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No último dia 02 foi o momento da Secretaria Executiva do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC) reunir-se para avaliar a versão do plano. No encontro, mediado pelo secretário-executivo do FBMC e diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, representantes da Casa Civil, do Ministério de Ciência e Tecnologia, da Petrobras e do Instituto Ecoar apresentaram sugestões para serem incorporadas ao documento, que ficará em consulta pública até 31 de outubro.

Mudanças nas regras dos leilões do setor elétrico, com o objetivo de estimular o uso de energias alternativas como a eólica; incentivo a projetos para serem convertidos em créditos de carbono pela modalidade MDL (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo) Programático; reduzir para quatro anos o período para medir a redução do desmatamento e a criação de um programa de estímulo ao reflorestamento de terras degradadas foram as principais considerações debatidas. O Fórum também recebeu sugestões da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), do Greenpeace, e do Fórum Baiano de Mudanças Climáticas, que reforçou a importância dos Diálogos Setoriais. Essas e outras sugestões que surgirem nas próximas reuniões do FBMC serão encaminhadas ao governo. "Por ser extenso e ter caráter dinâmico, o Plano abre possibilidade para muitas discussões. EFBMCsse é o maior mérito deste trabalho", comentou Pinguelli.

Também foi discutida uma nova agenda de Diálogo Setorial do FBMC para o período de um mês, durante a consulta pública. Três reuniões já estão previstas, uma em São José dos Campos no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), na Bahia, convocada pelo Fórum Baiano de Mudanças Climáticas, e no Paraná, pelo Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas.

Fonte: FBMC através do CarbonoBrasil.

Leia mais sobre o Plano Nacional sobre Mudança do Clima aqui e aqui.

Manual de Capacitação: Mudança Climática e Projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo...

O Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), uma organização social supervisionada pelo ministério da Ciência e Tecnologia, disponibiliza um conjunto de estudos prospectivos sobre o Setor de C,T&I no Brasil. As áreas de ação ou temas são Estudos Temáticos e de Futuro, Avaliação Estratégica, Articulção e Coorperação e Divulgação e Difusão Científica.

Relacionado à este último tema, o CGEE lançou o Manual de Capacitação: Mudança Climática e Projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, lançado na 60ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em julho de 2008. O Manual é o principal material de apoio para os cursos do Programa de Capacitação Sobre Mudança do Clima e Projetos de MDL, organizados pelo CGEE em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os cursos têm a finalidade de habilitar empresários e responsáveis municipais e estaduais para adoção de medidas de redução de emissões e elaboração de projetos de MDL.

O estudo propõe verificar o potencial de empresas e instituições estaduais e municipais para oportunidades de negócios no mercado de carbono. Além da atualização do documento Oportunidades de projetos de MDL para setores produtivos, elaborado pelo CGEE em 2006, o estudo identifica instituições brasileiras aptas a atuarem como Entidades Operacionais Designadas.

Em sua conclusão, o trabalho destaca o esforço brasileiro na criação de um cenário propício para a implementação de projetos de MDL. Entre as recomendações sugeridas estão a difusão de informações sobre o potencial do mercado de carbono, bem como a agilidade na definição dos critérios para o segundo período de compromisso do Protocolo de Quioto, o que facilitará a execução de uma política nacional de mudanças climáticas no Brasil.

Para baixar o material, um dos mais completos lançados no Brasil nos últimos tempos, clique na imagem acima ou aqui. Para acessar outros estudos da organização você pode visitar a página junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia ou o sítio oficial.